O arquiteto João Paulo Rodrigues, arguido no processo, e sócio-gerente do gabinete JRCP Arquitectos, começou esta tarde [7 de novembro] a ser ouvido no Tribunal de Espinho, depois de várias sessões estarem dedicadas a Francisco Pessegueiro.
Logo no início da sessão e antes de qualquer questão do coletivo de juízes, João Paulo fez questão de frisar que a “maioria dos factos” que lhe são imputados na acusação do Ministério Público “não correspondem à verdade”.
Já o juiz Carlos Azevedo quis saber qual o tipo de relação que mantinha com cada arguido envolvido e como este os conheceu. Sobre Miguel Reis, João Rodrigues esclareceu que o conhece “há muitos anos”, pois frequentaram a mesma escola e sempre o considerou uma “pessoa racional e muito pragmática”.
Já sobre Francisco Pessegueiro, garantiu que tudo começou quando ainda eram vizinhos, o que faz com que conheça a família Pessegueiro “há muitos anos” também, confidenciando que foi o arquiteto responsável pela casa de Susana Pessegueiro. Desavenças acabaram por ditar o afastamento, mais tarde reversível.
Quem também conhece há muitos anos é Pinto Moreira, ex-presidente da Câmara Municipal. Admite que sempre o considerou como “uma pessoa formal e protocolar”, havendo “empatia” de parte a parte.