Há uma percentagem de população que não sabe bem o que é o jazz, “aquela música esquisita que ninguém percebe”. Uma percentagem ainda maior desconhece que existe um panorama do jazz português, “pessoas de cá que tocam aquela música esquisita que ninguém percebe”.
Rectifico: desconhecia, até há umas semanas. Agora, toda a gente sabe que o jazz português existe e, além disso, toda a gente tem a certeza de que é habitado por uma série de tarados sexuais, abusadores, perseguidores, predadores, violadores.
É neste ponto que tenho de esclarecer: conheço inúmeros músicos de jazz que não são tarados sexuais; e desconfio que conhecerei alguns tarados sexuais que não são músicos de jazz. Porque a nossa sociedade foi permitindo isto, foi fechando os olhos, foi normalizando. Eram “só” umas graçolas, umas bocas, malandrices, sedução. O que está profundamente errado em várias linhas:
Subscreva a Defesa de Espinho
Esta é uma noticia premium. Por favor subscreva para ter acesso ao artigo completo.
Assinatura
Aceda a todo o conteúdo premium.Mais de 100 artigos.
Acesso ao arquivo Defesa de Espinho
Desbloquear Artigo
Desbloqueie apenas os artigos que pretenda.Tenha acesso permanente aos mesmos.