1 – Para a maioria dos portugueses, agosto é o mês sonhado ao longo do ano inteiro, mês de libertação de penosas rotinas. Não para mim! Oferecia-me como “voluntária” de serviço, a substituir os colegas, quando não os chefes. Durante os anos em que estive ligada à emigração, o meu agosto era agradavelmente passado em colóquios, sessões de esclarecimento (então muito em voga!), convívios e festivais de emigrantes. Um ano houve, em que fiquei à frente dos destinos do Ministério dos Negócios Estrangeiros e me coube decidir a reação ao reconhecimento oficial, pela Austrália, da anexação de Timor-Leste pelo invasor indonésio. Talvez o Ministro não tivesse ido tão longe, mas eu não hesitei em protestar, recorrendo à medida extrema de retirar, temporariamente, o nosso Embaixador de Camberra, chamando-o a Lisboa (nunca simpatizei com potências invasoras…)
Apesar de, em regra, poucos eventos relevantes acontecerem no oitavo mês do calendário, há bastantes exceções, boas e más, como se viu neste 2024. Deixando as piores para outras crónicas, direi que não nos faltaram grandiosos espetáculos e emoções fortes, no desporto e na política (na política internacional – por cá, apenas o habitual, a rentrée dos partidos, tudo sob controlo, com a extrema direita a deitar foguetes).
Desportivamente, mal esmoreciam os ecos do “Europeu” de futebol, começavam os Jogos Olímpicos de Paris, onde, (“hélas”!), sofremos as desilusões habituais, com o ciclismo a salvar a face da Pátria (há sempre alguém que resiste à mediocridade!). Nos domínios da política, assistimos à estrondosa demissão de Biden, à Convenção do Partido Democrático e à meteórica ascensão de Kamala Harris.
Subscreva a Defesa de Espinho
Esta é uma noticia premium. Por favor subscreva para ter acesso ao artigo completo.
Assinatura
Aceda a todo o conteúdo premium.Mais de 100 artigos.
Acesso ao arquivo Defesa de Espinho
Desbloquear Artigo
Desbloqueie apenas os artigos que pretenda.Tenha acesso permanente aos mesmos.