Em dia simbólico de celebração das mulheres – 8 de março, a minha homenagem recai, este ano, numa mulher que abriu caminho à liberdade das mulheres – Maria Teresa Horta. Feminista e insubmissa, tornou-se um símbolo da emancipação das mulheres portuguesas. Reconhecida enquanto escritora, jornalista e ativista, embora nem todos saibam quão grande foi a dimensão da sua ação. Infelizmente, faleceu no mês passado, a última d’As Três Marias, das Novas Cartas Portuguesas, (fragmentos escritos em coautoria com Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa). Juntas foram as protagonistas do último caso de perseguição a escritores em Portugal. Ousaram enfrentar o regime da ditadura do Estado Novo com a publicação de uma obra que reúne poesia, romance, ensaio e cartas, abordando a discriminação e a condição das mulheres, a repressão do regime, a denúncia da Guerra Colonial e do conservadorismo da Igreja Católica
O livro é um marco na evolução do pensamento feminista na literatura portuguesa, onde as mulheres ousam falar sobre seu corpo, sobre os prazeres e sofrimentos de sua relação física com os homens e, mais importante, passa a mensagem de que as mulheres têm voz e que não pode ser jamais silenciada.
Obra escrita simbolicamente em nove meses e publicada em abril de 1972, pela Estúdios Cor, sob a direção literária de outra grande mulher das letras – Natália Correia.
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