Liberdade nasceu no dia 25 de abril, dia de luz e marcou a mudança naquela família. Sua mãe abençoou os céus da chegava pela madrugada augurando que, a partir daí, a vida seria diferente, com mais significado, sem medos. Medos de ver partir os filhos para a guerra colonial, medos das perseguições, medo da fome, da discriminação, medo de tudo… O pai, cansado de lutar, dia após dia em salário parco e condições adversas, sem poder contestar, imaginou que aquela alegria tamanha lhe trouxesse ânimo e muita esperança. Assim, seus pais e restante família e outras mais famílias acreditavam que ela traria a esperança, a felicidade e muitas alegrias depois de tanto tempo sombrio e de sofrimento. Sim, havia muita gente amordaçada e sem ousar pensar pelas suas próprias cabeças, desejosas de dar azo à sua expressão contra a ideia do pensamento único e ditatorial.
Ignorância, Intolerância e Repressão viram os seus dias contados e tiveram de partir. Era a vez da Liberdade se impor.
Liberdade cresceu feliz, estudou, teve cuidados de saúde nunca antes imaginados e foi espalhando a sua palavra, embora nem sempre entendida e pior, às vezes, desvalorizada. Estava já crescida e muitos já quase não se lembravam dela e quase que passaram a ignorá-la. Parece impossível, pensou Liberdade, ao refletir sobre a sua vida já com alguma maturidade.
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