Aprender: a arte de questionar

Começa, neste mês de setembro um novo ano letivo. Com ele, há o retomar de uma profissão que, apesar dos avanços da ciência e da tecnologia, ainda não pode ser substituída por robots: o professor! Ele é imprescindível porque a sua missão não se remete ao despejar de conteúdos, mas antes, acompanhar o desenvolvimento dos alunos, analisar as necessidades de cada um, estabelecer uma relação empática que faça acontecer a aprendizagem nos destinatários da sua ação: os alunos!

Esta relação assimétrica e humanizada onde a empatia está presente, está assente em princípios de respeito e civilidade, onde o professor se apresenta, devido à sua formação especial, em termos didáticos e pedagógicos, o detentor de autoridade no espaço onde o ensino aprendizagem acontece, a sala de aula, mas também em todo o espaço escolar. E, se o aluno está no centro deste processo, ao professor cabe-lhe o planeamento e a gestão de forma a assegurar que os conteúdos possam ser absorvidos pelos alunos, não para serem apenas depositados e prontos a serem esquecidos, mas antes para servirem de base a novas aprendizagens. O grave problema e stress dos professores é a imposição do cumprimento da “matéria” num sistema em que há, acima de tudo, essa tónica no fazer cumprir um longo programa recheado de conteúdos e mais conteúdos destinados a serem, grande parte deles, esquecidos e muitos deles rapidamente desatualizados, numa sociedade em constante mudança.

Sabemos que as aprendizagens que permanecem são as que tiveram realmente significado, e a isso deve-se as estratégias escolhidas pelo entusiasmo de um professor atento e perspicaz, capaz de contagiar os alunos. Há neste processo, ainda a acrescentar a grande preocupação na escolha de recursos e compreende-se uma vez que os jovens precisam de ser motivados, o que não se afigura tarefa fácil, estando a escola em desvantagem face ao que se passa de tão apelativo no seu exterior.