A pouco mais de uma hora de Espinho, encravada entre as Serras da Cabreira e do Barroso, com os rios Bessa e Tâmega a serpentear, descobrimos Cabeceiras de Basto.
Terra minhota, mas com traços transmontanos (faz fronteira com os municípios de Boticas e Montalegre) é um local onde convive harmoniosamente a beleza natural, o património edificado, a cultura e a gastronomia.
Neste roteiro de fim de semana e à boleia das festas de Santa Senhorinha sugerimos que a viagem se inicie sexta-feira ao final da tarde.
O Basto Vila Hotel revela-se uma opção conveniente se pretender pernoitar na vila. Se escolher o turismo rural considere a Ponte Cavez Country House (pequena unidade de 3 quartos e com piscina exterior).
Dia 1
No sábado, comece por visitar o Mosteiro de São Miguel de Refojos. Com registo de existência desde, pelo menos, o século XII, o destaque vai para a igreja de estilo barroco e o núcleo de arte sacra inaugurado em 2008.
Ao almoço aproveite para saborear a gastronomia local. A carne de vitela, os rojões à moda do Minho, as papas de sarrabulho ou o cabrito das terras altas são iguarias que deve experimentar. O Restaurante Cozinha Real de Basto é um dos locais onde o poderá fazer.
De tarde, vale a pena visitar o núcleo ferroviário de Arco de Baúlhe (freguesia de Cabeceiras de Basto). Situado na antiga estação, que era o término da linha do Tâmega (o troço entre Arco de Baúlhe e Amarante foi encerrado em 1990), poderá conhecer, entre outras peças ferroviárias, locomotivas, automotoras e carruagens. Memórias de um tempo em que a ferrovia de via estreita servia o interior do país.
E já que se encontra na freguesia, experimente o restaurante “O Caneiro” ao jantar. Arroz de cabidela ou vitela assada no forno revelam-se boas opções.
Entre dia 19 de 22 de abril realizam-se as festas em honra de Santa Senhorinha. Aproveite a noite de sábado para usufruir dos eventos a decorrer. Destaque para o fogo de artifício, com início na madrugada de dia 21.
Dia 2
No domingo de manhã usufrua da beleza natural da Serra da Cabreira. Recomendamos o circuito natural que passa pelas aldeias Juguelhe, Travassô, Porto D´Olho e Torrinheiras. Poderá assim, testemunhar a adaptação das gentes locais a um meio nem sempre fácil e onde a atividade humana sempre conviveu com a natureza.
E ao almoço, coma uma posta barrosã na tradicional Tasca do Picão. Uma especialidade da casa e não falhe a sobremesa.
Por fim, visite a Quinta da Tojeira de forma a conhecer os vinhos produzidos pela casa. Entre os verdes brancos, tintos, rosados e também os espumantes, a escolha é diversificada. Para além de eventuais excessos, tenha também em atenção que as degustações estão sujeitas a marcação e com algum grau de antecedência.
Tradicionalmente, uma visita ao Posto de Turismo da vila poderá ser uma grande ajuda para ficar a saber ainda mais sobre a zona. Para além disso, poderá tomar contacto com o artesanato local, nomeadamente, tapetes, mantas, cobertores, panos, colchas, latoaria, trabalho e cestaria.
Uma coisa é certa, vai conhecer uma região fascinante e que escapa aos circuitos turísticos tradicionais.