Nasceu no Bairro Piscatório, no meio dos pescadores…
A minha infância foi muito difícil. O meu pai era pescador e a minha mãe morreu pouco tempo depois de eu nascer. Tinha três meses. Tenho mais dois irmãos, um homem e uma mulher.
O meu pai era pescador numa companha e teve de criar os três filhos. Não tínhamos nada para comer. Dois dos meus tios, que também eram pescadores, morreram na pesca num naufrágio de um arrastão em 1959, em Paramos. O meu pai e o meu avô, como sabiam nadar, salvaram-se. Eu ainda não era nascido e o meu pai contou-me esta triste história.
Mais tarde acabou por ficar privado da companhia do pai…
O meu pai, quando andava na pesca com as companhas em Espinho, acabou por adoecer com a tuberculose, uma epidemia da altura. Teve de ser tratado no sanatório, em Vila Nova de Gaia. Nessa altura ficámos à deriva. Um tio nosso, que tinha uma deficiência, o Tono Manco, ia pedir para a porta da praça. Ele conseguia arranjar comida para nós. No entanto, ele gostava de beber uns copos e começou a faltar-nos comida.
Subscreva a Defesa de Espinho
Esta é uma noticia premium. Por favor subscreva para ter acesso ao artigo completo.
Assinatura
Aceda a todo o conteúdo premium.Mais de 100 artigos.
Acesso ao arquivo Defesa de Espinho
Desbloquear Artigo
Desbloqueie apenas os artigos que pretenda.Tenha acesso permanente aos mesmos.