Nasceu em Angola e veio para Espinho em criança, aos 4 anos. O que recorda desse tempo?
Foram tempos felizes, onde havia efetivamente mais tempo para se ser criança. As crianças tinham mais tempo livre, ao contrário de hoje em que têm uma panóplia de solicitações sociais, com festas de amigos, com o desporto, etc.. Não havia, antigamente, todas as opções que existem na atualidade. Daí que diga que tínhamos mesmo muito mais tempo para sermos crianças, o que ajudou a exercitar a imaginação. A minha passividade na escrita também surgiu um bocadinho dessa infância.
Sempre gostei de Espinho pela escala humana e é por isso que, ao longo dos tempos sempre resisti à ideia de me afastar desta terra. Trabalho no Porto, mas faço a minha vida por cá.
Quando venho a Espinho já não sou o Sérgio Almeida, o jornalista, mas o pai da Ema e da Eva, que estão a estudar cá. Esta é uma ligação que se mantém. Seria mais cómodo, para mim, em termos profissionais, morar no Porto, mas gosto de ter esta ligação, também por ser a terra onde estão os meus familiares, nomeadamente o meu pai, irmãs e os meus sobrinhos. É uma terra que gosto bastante.
Penitencio-me por não participar mais ativamente e por não estar tão a par da política, ou a nível social e cultural. Mas esta é uma relação que me está no sangue e que irá continuar pelos anos fora.
Como veio para Espinho?
O meu avô tinha um pequeno negócio aqui, no local onde mais tarde veio a abrir o restaurante Maracanã. Mais tarde, os meus pais abriram uma pequena mercearia, na rua 62. Por isso, as minhas primeiras grandes memórias são de Espinho e não de Luanda. De Angola tenho memórias muito difusas e esbatidas, até porque não regressei à terra onde nasci.
Tenho três irmãs e duas são mais velhas do que eu.
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