Rochinha: “O sonho que poderá tornar-se mais difícil de concretizar é o de vir a ser internacional”

Sempre praticou futebol, ou esteve envolvido noutros desportos en­quanto criança?
Pratiquei mais desportos. Andei no karaté e na natação porque os meus pais entendiam que deveria praticar várias modalidades. No entanto, sempre disseram que onde me sentia mais confortável era no futebol. Por isso, comecei a praticar futebol desde muito cedo, altura em que me inscrevi na ADF Anta/Baixi­nhos. A escola de futebol do Eliseu tinha aberto há muito pouco tempo e penso que terei sido um dos pri­meiros a inscrever-me. Tinha 3 anos de idade e, na altura, os meus pais nunca imaginariam que poderia seguir uma carreira de jogador pro­fissional. Levaram-me numa pers­petiva de ter algo mais para fazer e de me ocupar nos tempos livres. Era uma forma de poder estar com mais crianças da minha idade e de conhecer mais gente.
Estive nos Baixinhos até aos 7 anos de idade. Foram anos inesquecí­veis sobretudo pelos torneios que se realizavam aos fins de semana e pelo extraordinário convívio que geravam entre os pais. Por isso, ao longo de sete anos o grupo mante­ve-se junto e unido. Inclusive, acom­panhávamo-nos uns aos outros para todo o lado e a amizade já ul­trapassava o próprio futebol. Ainda hoje mantenho amizades desse tempo.
Esta foi uma das melhores decisões que os meus pais tomaram por mim. Ganhei amizades, um trabalho e ainda hoje me sinto muito bem no futebol com aquilo que aprendi desse tempo.

Considera que esse tempo na ADF Anta/Baixinhos foi uma boa escola para a sua vida de futebolista?
Foi uma boa escola para a minha vida. A ADF Anta/Baixinhos teve, em mim, o primeiro jogador que se tornou jogador profissional de fu­tebol. A escola começou da melhor maneira.
Tenho um filho que irá fazer 3 anos de idade em outubro e mal tenha oportunidade gostaria de o meter na ADF Anta/Baixinhos para que ele possa, também, seguir um pou­quinho as pisadas do pai. Depois logo se verá o que ele poderá fazer no futuro.