Melo Rosa, jornalista de O Jogo: “Nem sempre fui o pirata de imprensa que devia ter sido”

Como surge a sua ligação com Espinho?
O meu pai era juiz e a minha mãe professora, aqui em Espinho, no Liceu, atual Escola Dr. Manuel La­ranjeira. O meu pai andava sempre de cidade em cidade, até chegar a Espinho. Nasci no Porto, mas nunca lá morei pois os meus pais, nessa altura, estavam em Lousada. Mais tarde, fomos para Beja e depois para Viana do Castelo. Portanto, quando aconteceu o 25 de Abril, estava na escola primária de Viana do Cas­telo. E só depois é que viemos para Espinho, quando o meu pai veio tra­balhar para o Tribunal de Menores do Porto.
Inicialmente, tínhamos uma casa em Francelos e fui estudar para Valadares. Depois, vim estudar para Espinho onde passei a fazer a minha vida e iniciei a minha ligação a esta cidade.
Aliás, em Espinho tive duas grandes paixões: o jornalismo e o voleibol. Pratiquei voleibol durante três anos no SC Espinho. Fi-lo por influência do meu irmão que foi um grande jogador internacional que jogou nos tigres. Toda a gente o conhece porque também jogou no FC Porto, o Manuel Rosa.
Desde então, até hoje, tenho uma grande ligação ao voleibol. O meu filho foi jogador e é treinador de vo­leibol. O meu sobrinho, sobrinha e a afilhada também são jogadores.

E a paixão pelo jornalismo, como nasceu?
Em relação ao jornalismo acabei por dar os primeiros passos na Escola Dr. Manuel Laranjeira, com o David Pontes, no Pirata da Imprensa. Esse título é, para mim, o melhor título de sempre de um jornal porque ex­pressa, exatamente, aquilo que era. Era um pirata dentro da instituição, na altura, nos anos 80. Aprendi muito com o diretor David Pontes. Tive algumas experiências nega­tivas e outras positivas.
Foi na Escola Dr. Manuel Laranjeira que tive outras atividades como a participação em teatro. Ganhei um concurso de poesia.
Foi na escola que começou o meu bi­chinho pelo jornalismo e no Pirata da Imprensa onde cheguei a ser diretor.