João Rodrigues continuou a ser ouvido hoje [28 de novembro] no Tribunal de Espinho, onde negou que tivesse feitos esforços para atrasar projeto Espinho 3, do Grupo Fortera, em detrimento dos projetos da Construções Pessegueiro, que também estavam em cima da mesa e à espera de parecer favorável para inserção de caráter estratégico.
Aos procuradores do Ministério Público, o arquiteto afirmou que o pretendido era que “todos os projetos”, quer do Grupo Fortera, quer da Construções Pessegueiro, fossem ao mesmo tempo levados à Assembleia Municipal, um requisito obrigatório por estarem no domínio de empreendimentos de caráter estratégico, ou que fossem marcadas assembleia extraordinárias. Para João Rodrigues, “não havia interesse em priorizar um grupo pelo outro”.
Questionado sobre um determinado encontro entre Francisco Pessegueiro e Pinto Moreira, ex presidente da Câmara Municipal, João Rodrigues revelou que não se apercebeu da marcação, nem foi convidado. “Após o encontro, não me recordo se Francisco me disse algo ou não sobre isso, mas sei que nunca me disse que o Pinto Moreira tenha pedido seja o que for”, garantiu o arquiteto.
A determinado momento da sessão de hoje, e após a transmissão de algumas escutas do processo, João Rodrigues voltou a frisar que não acredita nas palavras de Pessegueiro. “Continuo a acreditar que nunca houve qualquer pagamento a Miguel Reis e Pinto Moreira”.
O julgamento regressa na próxima semana e João Rodrigues deverá continuar a ser ouvido.