O acordo para implementação da plataforma colaborativa de instituições parceiras nas atividades e serviços seniores, no âmbito da Rede Social de Espinho, ComVida +65, foi assinado hoje [28 de novembro], nos Paços do Município de Espinho.
Trata-se de um desafio lançado pelo Rotary Clube de Espinho, acolhido pelo Município, no âmbito do trabalho de proximidade com as instituições da comunidade local que é realizado pela Rede Social de Espinho e que surge com “a necessidade de conjugar esforços e dinamizar a atuação das entidades do sector social”.
O projeto ComVida +65 tem por objetivo “unir os esforços das instituições parceiras no desenvolvimento de uma plataforma colaborativa, envolvendo as entidades do sector social do concelho que desenvolvem atividades em Espinho direcionadas para a população sénior residente”, ou seja, pessoas com mais de 65 anos de idade, permitindo “potenciar a promoção da qualidade de vida e da felicidade dessas pessoas”, através da “partilha de serviços e atividades para pessoas seniores, permitindo a otimização desses serviços e atividades, para que possam ser duradouros e de qualidade”.
Na celebração do protocolo estão envolvidos, além do Município e do Rotary Clube de Espinho, A Familiar de Espinho Associação Mutualista, Associação de Desenvolvimento de Concelho de Espinho, Artyspinho, Associação de Diabéticos de Espinho, Associação de Enfermagem o Toque, Centro Qualifica da CEPROF, Delegação da Cruz Vermelha Portuguesa de Espinho, Espinho e Mar a Cantar – Associação Cultural e Recreativa, Liga dos Amigos do ACES Espinho/Gaia – LACES a Liga dos Amigos do Hospital de Espinho.
Segundo a presidente da Câmara, Maria Manuel Cruz, de “um momento significativo para o futuro social do nosso concelho” e que “mar, não apenas um compromisso, mas também o início de uma nova etapa de esperança e de ação conjunta para melhorar a vida da nossa população sénior”.
Maria Manuel Cruz lembrou que se “vive numa era de profundas alterações demográficas” e que “Espinho reflete bem este fenómeno” de envelhecimento da população, surgindo “desafios sociais que não podem ser ignorados”.
A presidente da Câmara fez referência à forma como vive a população sénior que “enfrenta novas e complexas adversidades”, com “histórias de resiliência, mas também de solidão”, por parte de “uma geração que enfrentou dificuldades com coragem, mas que sente que o seu papel na sociedade foi relegado para segundo plano”.

Para Maria Manuel Cruz, “a solidão, o isolamento social, a falta de acesso a serviços integrados e a exclusão digital são realidades que tocam muitos dos nossos seniores” e que, além disto “enfrentam um sistema de apoio social que, embora robusto em muitos aspetos, nem sempre chega a todos com a proximidade e a eficiência que seriam desejáveis”.
Neste sentido, a autarca defende a construção de uma sociedade garantindo-se “dignidade, felicidade e oportunidades de envelhecimento ativo aos nossos mais velhos”.
“O trabalho que temos desenvolvido no sector social não é apenas uma resposta às necessidades que nos são apresentadas, mas é, acima de tudo, uma visão transformadora de uma cidade de Espinho mais inclusiva e solidária”, sublinhou a autarca.
“Temos avançado numa lógica de rede porque reconhecemos que o trabalho isolado é insuficiente” e que “só através da união e da partilha de recursos e da cooperação com entidades públicas, privadas e da sociedade civil, conseguiremos criar soluções integradas e sustentadas”, afirmou a presidente da Câmara, acrescentando que “projetos como o Convida + 65 são exemplares dessa abordagem inovadora”.
“Ao dinamizarmos esta plataforma colaborativa, estamos a reconhecer que os desafios sociais são demasiado grandes para serem enfrentados por uma só entidade”, evidenciou.
“Este projeto permitirá otimizar serviços, promover atividades transformadoras e, acima de tudo, colocar as pessoas no centro da solução”, explicou.
“A resposta ao envelhecimento da população não pode ser um esforço pontual. É um designo de longo prazo que exige rigor, criatividade e determinação”, afirmou.
“O projeto ComVida +65 é uma oportunidade para dar uma nova vida às redes de apoio social. É uma plataforma onde ideias se transformam em ações concretas e onde cada parceiro contribui com a sua experiência de dedicação para alcançar um objetivo comum. Queremos criar um concelho onde os nossos seniores possam viver, não apenas mais anos, mas anos melhores. Um concelho onde a solidão seja combatida com companhia, onde o isolamento seja substituído pela inclusão e onde cada cidadão mais velho sinta que ainda tem muito a contribuir para a comunidade”, concretizou a autarca espinhense.
Na cerimónia de assinatura do protocolo presidida por Maria Manuel Cruz, além dos representantes das várias instituições, estiveram presentes, entre outros, os vereadores Luís Canelas, Lurdes Rebelo e Leonor Lêdo da Fonseca e o governador Rotary do Distrito 1970, António Simões Pinto.