Foi ontem [25 de setembro] aprovada, durante a 4ª sessão ordinária da Assembleia Municipal, a proposta de atribuição de um apoio, por parte da Câmara Municipal, no valor de 35 mil euros à União de Freguesias de Anta e Guetim para a realização de obras no Complexo Desportivo de Guetim.
A proposta, que já tinha sido noticiada pela Defesa de Espinho, mereceu luz verde da maioria dos partidos, obtendo, na hora da votação, 14 votos favoráveis e uma abstenção do Bloco de Esquerda.
Apesar da aprovação, a proposta obteve algumas críticas, sobretudo por parte da CDU que entendeu ser “uma forma leviana da Câmara Municipal tratar os assuntos”. Jorge Carvalho, vogal da CDU, considerou que a verba é “insuficiente”, mas que merece voto favorável, pois “é melhor do que nada”.
Também Paulo Leite (PSD) entendeu que os 35 mil euros a atribuir representam “um penso rápido”, já que há a possibilidade do campo de futebol vir a ser prejudicado pela passagem da Linha de Alta velocidade, em Guetim.
O vogal do PS, Teixeira Lopes, caracterizou a obra como “utilidade pública”, mas defende que esta deve realizar-se tendo em conta “um protocolo para que seja controlada e defendida”, já que o “investimento tem que ter garantias”.
Nuno Almeida, presidente da União de Freguesias de Anta e Guetim, explicou que a obra “vem no seguimento de várias reuniões com os clubes de futebol e a própria Câmara”. Apesar de reabilitação permitir que o Sporting Club de Espinho (SCE) jogue em Guetim, Nuno Almeida recordou que o clube já treina no complexo, embora a obra não se destine apenas para a mudança dos tigres para a freguesia. “As obras não são para o SCE, são para todos os clubes”, frisou o autarca antense.
O ponto em discussão na assembleia acabou por tocar na realidade vivida pelo clube e pela situação do estádio municipal, um facto trazido à discussão por Paulo Leite. No entanto, Maria Manuel Cruz, presidente da Câmara Municipal afirmou que o processo se encontra no Ministério Público e, por essa razão, remete-se ao silêncio. “Não vão ouvir nem mais uma palavra da minha boca”, atirou Maria Manuel.